Compras Coletivas: Será que Vale a Pena? (ponto de vista do empresário)

Compras Coletivas: Será que Vale a Pena? Já atendi dezenas de empresários reclamando dos sites de compra coletiva. Talvez você esteja se perguntando: “Por que eles reclamam? O que há de errado nisso?”. Definitivamente não há nada de errado (principalmente se você costuma comprar), mas existem algumas coisas que precisam ser esclarecidas e avaliadas (do ponto de vista do empresário).

Favor não tomar como ofensa ou como quem quer estragar a alegria alheia (sobretudo as empresas que vivem diretamente ou indiretamente disso, como empresas de compras coletivas). Pretende-se aqui apenas relatar fatos.

Como funciona?

Existem diversas empresas de compras coletivas. As mais famosas cobram algo em torno de 50% do valor do produto/serviço oferecido. Isso que dizer que, se você tem um produto que custa R$ 100,00 e dá 60% de desconto (R$ 60,00), o site de compra coletiva fica com R$ 20,00 (20% do total e 50% do que sobra) e o empresário com R$ 20,00 (20% do total e 50% restantes). Existem outros sites, não tão conhecidos, que trabalham entre 25% e 40% do valor do produto/serviço ofertado, mas o site só paga se o cliente for atendido (caso contrário, o site fica com o dinheiro); o risco maior é sempre do empresário.

Por que a empresa deve ficar alerta?

O empresário precisa definir bem sua estratégia, saber o seu público atingido por esse tipo de promoção antes de participar. Como você pode perceber, a estratégia é bastante agressiva e onerosa. Os descontos exigidos pelos sites costumam ser muito altos (isso mesmo!! Nem pense em dar 10% de desconto que o próprio site não aceita). Você precisa saber com precisão a formação do preço de venda do produto ou serviço ofertado. Se você está passando por um momento difícil (financeiramente), só vai piorar, pois a ferida vai aumentar.

Se você tiver deficiência no serviço de atendimento, só vai piorar, principalmente nos últimos dias da promoção, pois a demanda vai aumentar significativamente (100% de certeza); e se você não tem condição de dar o devido suporte com o movimento baixo, imagina nessas circunstâncias.

Aí conversando com um empresário, ele soltou: “Ah, mas o marketing valeu!! Muitas pessoas conheceram meu estabelecimento”. Aí eu pergunto: “quantos desses clientes retornaram para adquirir novos produtos/serviços?”. São muitos os que compram sem nem conhecer o lugar, só o fazem pelo preço. E isso não é fidelizar. Acreditem em mim: poucos retornam ao estabelecimento.

Na verdade criou-se um novo tipo de consumidor (ou melhor, aprimorou-se, fez com que ele se destacasse.. rsrsrs): o consumidor profissional!! Quem é esse? É aquele que deixa de abastecer num posto porque o combustível é 3,599 e vai para o outro, que custa 3,598. Algo muito parecido com alguns departamentos de compras de empresas (sempre preocupado em economizar o máximo e, assim, atingir as metas). A busca por desconto é gigante. A maior prova disso é você, leitor do Blog CaD (e eu também!!), que acessa esses sites em busca de promoções.

Conheço um empresário que fechou um contrato com um site de compra coletiva (seu restaurante, bastante luxuoso, estava muito mal). Mesmo com prejuízo ele preferia continuar com a promoção porque via a casa cheia (não é brincadeira!). Viu sua clientela original desaparecer mais ainda, primeiro, por conta da qualidade do atendimento (que piorou, devido ao aumento da demanda sem a devida capacidade), segundo, perdeu o foco (por ser um restaurante sofisticado, sua clientela, que deseja seleção e diferenciação, desapareceu).

Por outro lado, conheço empresas de serviços (maioria esmagadora) que tiveram sucesso. Por quê? Porque seu custo é baixo (por exemplo, depilação, cujos gastos com cera e outros produtos são muito baixos para fazer o serviço). Nesse caso, sim, se ganha em volume. Mesmo assim corre-se o risco de ter cliente viciado (e ai de você se não der um desconto para ele).

Vale salientar que a culpa (e prejuízo) é toda do empresário que não sabe por quanto sai, de fato, o seu produto/serviço e entra numa estratégia como essa (maioria das vezes mal planejada) sem avaliar o retorno.

 Oportunidade

Outros estabelecimentos viram como oportunidade: deram desconto para um produto específico, através de sites, e agregaram outros. Por exemplo: vendem a massagem para os pés com desconto e oferecem esfoliação ou minutos extras; vendem um prato executivo com desconto e focam no serviço a fim de vender petisco, sobremesa e bebidas. Aí se ganha (pelo menos tira a diferença e conquista o cliente com o serviço)!

Reforço que o perfil de quem compra cupons é de consumir apenas o que está na promoção, ou seja, para se chegar a isso, é preciso muito trabalho (para ter certeza do que estou falando, basta contatar empresas que contrataram esses sites e tirar essas dúvidas).

O que temos percebido entre as empresas que contratam sites de compras coletivas

Muitas vezes as empresas acabam tomando uma decisão pouco confortável a fim de minimizar o prejuízo (ou enganar o consumidor). Um exemplo disso foi um restaurante de comida japonesa que estava oferecendo desconto no sushi, mas na verdade era minimicro sushizinho. Isso mesmo!! Minimicro sushizinho!!! Deu vontade de levar um saco de arroz e mandar eles prepararem mais!!! Permita-me: Meu amigo, se você não pode, para quê faz? Tem que ser muito besta para voltar lá!! O nome disso é 'se queimar' no mercado. (ponto final)

Quem menos tem culpa é quem compra o cupom. Ele está pouco preocupado se o estabelecimento tem ou não tem o produto, muito menos condições de suportar a estratégia da compra coletiva.

Enfim, é melhor chegar a conclusão de vender esfiha (de frango, carne ou queijo) bem baratinho e tirar a diferença na jarra de refrigerante (já sabem de quem estou falando, não sabem? rsrsrs)

Espero ter ajudado (tanto as empresas, em geral, quanto as empresas que vendem esse serviço). Para o segundo, talvez um bom caminho seja a venda de bônus, pois é bom para o cliente e bom para o empresário (até que se prove o contrário, diga-se de passagem). Os sites de compras coletivas precisam dar o devido apoio às empresas clientes, escutá-las e buscar soluções para esses problemas; senão vai chegar o dia em que vai ser cada vez mais difícil fechar bons contratos (talvez esteja mais perto do que longe).

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