Como Montar uma Loja de Artesanato

Como Montar uma Loja de Artesanato. De acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE, a atividade de loja de artesanato se caracteriza como comércio varejista de souvenirs, bijuterias e artesanatos.

Segundo especialistas, os fatores que tornam esse tipo de atividade menos suscetível às mudanças abruptas do cenário econômico são:
- Matéria-prima de baixo custo ou encontrada gratuitamente e em abundância, o que pode representar um importante diferencial competitivo relativamente ao custo final do produto;
- Inexistência de público consumidor específico (é ultrapassada aquela ideia de que o objeto de artesanato é algo extravagante ou somente adequado aos ambientes rústicos);
- A mão de obra, em geral, é familiar.

A profissionalização das pessoas que atuam no setor também se tornou um fator importante para o sucesso da atividade. Com a variedade de culturas existente dentro do País, surge a cada dia novos conceitos de artesanato. A atividade possui vários segmentos de mercado, e os principais são:

- Acessórios de vestuário
- Arranjos florais
- Bijuterias
- Biscuit
- Caixas
- Cerâmicas
- Cestas
- Crochê
- Embalagens
- Enfeites
- Lembrancinhas
- Panos de Prato
- Patchwork
- Pintura
- Sabonetes
- Scrapbooking
- Tapeçarias
- Tecido xadrez
- Texturas
- Topiarias
- Tricô
- Velas

Formas de disseminação do produto

A venda direta por meio de lojistas é, sem dúvida, a forma tradicional de disseminação de produtos. Contudo, uma das maneiras mais eficientes para a distribuição de produtos é mediante feiras ou exposições realizadas periodicamente em todo o País. Além de potenciais centros de disseminação de produtos, elas são bons locais para se encontrar qualificados fornecedores de peças a serem comercializadas.

É preciso especial atenção quanto à decoração da loja, que poderá ser feita com os próprios produtos lá comercializados. Trazer informações sobre a história do artesanato de cada região, divulgar outras culturas, tradições e costumes são formas de despertar o interesse dos clientes.

Entre as peças expostas podem figurar aquelas produzidas por artesãos que vivem em zonas rurais de cidades longínquas e carentes, que, para desenvolver seu trabalho, contam apenas com sua criatividade e com a matéria-prima oferecida pela natureza. Também devem fazer parte da decoração peças assinadas por artistas populares, com obras catalogadas em bibliografia internacional e expostas em diversos países.

No todo, esse acervo deverá ser exposto em um ambiente bem aconchegante, acompanhado de móveis antigos e rústicos, feitos de madeira de demolição, também disponíveis para venda.

Muitas vezes, os trabalhos artesanais não são devidamente valorizados, porque os artistas são desconhecidos, há pouca divulgação da atividade e os trabalhos são confeccionados com matérias-primas de baixa qualidade.

Por outro lado, percebe-se uma mudança nesse tipo de comportamento. Os produtos artesanais estão sendo valorizados, por serem peças únicas que requerem um trabalho talentoso e intensivo do artista.

Conhecer as características dos produtos que serão vendidos e a clientela que irá consumi-los: essas são as chaves para transmitir uma mensagem que faça com que o estabelecimento se destaque e seja escolhido pelos consumidores.

Além da variedade de produtos (definida em função da clientela), recomenda-se disponibilizar cursos, palestras e espaço para eventos. Pode-se, por exemplo, promover encontros de artesãos, em que eles poderão discutir e trocar informações sobre experiências, cursos, fornecedores, mudanças no mercado, novidades e tendências do artesanato nacional e/ou regional. É importante lembrar que esses eventos podem contribuir para alavancar as vendas da loja e fortalecer a imagem dela no mercado.

Relacionamento amistoso com fornecedores e prateleiras com produtos adequados completam o quadro que costuma acompanhar o sucesso dessas lojas. Publicidade por meio de panfletos, folhetos e faixas é fundamental para o sucesso. Participar de feiras e eventos que reúnam expositores do segmento pode ser uma forma eficiente de propaganda.

Outro ponto importante é o acompanhamento de perto de todos os procedimentos administrativos da empresa e a seleção cuidadosa de vendedores com uma boa formação e excelente apresentação.

A venda por consignação é um dos recursos mais usados para negociação de produtos artesanais. Consiste na entrada de produtos na loja mediante compromisso de devolução ao artesão daquelas mercadorias não comercializadas. Os produtos artesanais são entregues ao lojista para comercialização, e o preço da mercadoria é quitado somente após a venda e o recebimento efetivo do valor do produto pelo lojista. Os produtos não comercializados pelo lojista são devolvidos ao artesão.

A consignação é considerada operação de venda para fins fiscais. Exige emissão dos documentos fiscais pertinentes à operação de saída, em relação ao artesão, e entrada, em relação ao lojista. Sujeita-se também à tributação incidente sobre a saída de mercadorias.

O lojista que recebe a mercadoria em consignação para venda assume a condição de depositário da mercadoria, obrigando-se a pagar o preço ajustado com o artesão ou devolver a mercadoria no mesmo estado em que a recebeu. Aos contratos de depósito aplica-se o disposto nos artigos 627 até 652 do Código Civil brasileiro, sendo permitido às partes negociar condições específicas em instrumento particular.

A consignação pode ser comprovada simplesmente pela emissão dos documentos fiscais exigíveis. O artesão que não dispõe de documento fiscal para emissão pode associar-se a entidades de classe (como a Associação Mãos de Minas, por exemplo) ou exigir do lojista a emissão da nota fiscal de entrada.

Os percentuais de remuneração do lojista na venda do produto artesanal devem ser negociados diretamente pelas partes, variando principalmente de acordo com o custo fixo verificado para manutenção da loja e carga tributária incidente na operação de venda. Basta lembrar que a remuneração do lojista deve incluir custos com locação do imóvel, despesas com empregados, encargos com tributos e contribuições sociais, tarifas públicas (água, esgoto, energia e telefone), margem de lucro, entre outros.

Significa que o lojista estipula percentuais de acordo com seu custo e margem de lucro pretendida. Recomendamos, antes da definição do percentual cabível ao lojista, realizar estudo e levantamento dos custos de manutenção do negócio.

É comum verificar que muitos artesãos fixam o preço mínimo, que pretendem receber pelo produto, ao entregar para o lojista a mercadoria em consignação, permitindo ao comerciante estipular o preço de venda conforme sua conveniência. Nessa hipótese, pertence ao lojista a diferença entre o preço final da mercadoria negociado na loja e o valor mínimo fixado pelo artesão.

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Local e Estrutura

A loja de artesanatos deverá ser implantada em uma região próxima ao seu público-alvo. Caso contrário, o empreendedor será obrigado a investir uma grande quantidade de capital em estratégias de marketing, para que possa atrair os clientes até a loja.

Outros aspectos a serem observados são as condições do local. Deve-se verificar se há disponibilidade de água, rede elétrica e saneamento básico. Além disso, é essencial que o empresário avalie as condições das vias de acesso da região, bem como as nela inseridas.

Para a montagem da loja não são necessários muito ambientes. Uma sugestão, que poderá variar de acordo com a estrutura do negócio, é:

- Área para atendimento de clientes
- Área para exposição de produtos
- Banheiro
- Copa
- Escritório
- Estacionamento

Os banheiros devem estar sempre limpos e organizados, principalmente se for aberta para os clientes. Vale lembrar que o estacionamento é opcional dentro da estrutura do negócio. O seu empreendimento poderá ser instalado em galerias ou shoppings que oferecem esse tipo de serviço. Outra opção é procurar fazer parcerias com empresas de estacionamentos, garantindo, por exemplo, um desconto para o seu cliente.

A loja de artesanato deve contar com uma iluminação e decoração atraentes, que valorizem os produtos expostos. Também deve ter uma área de estoque e balcão e ser dotada de fácil circulação interna.

Recursos Humanos

Na mão de obra de uma loja de artesanato os principais profissionais são os responsáveis pelo atendimento. Eles devem apresentar certas características, essenciais para funcionários desse ramo, como serem educados, carismáticos, simpáticos, calmos, pacientes e, principalmente, saberem lidar com diferentes pessoas.

É interessante que os vendedores tenham conhecimento sobre a história do artesanato e das peças vendidas dentro da loja. Por exemplo, uma obra recebe certa influência de um determinado movimento de arte. É importante também que ele saiba explicar dados específicos do produto, como matéria-prima, processo de produção etc. A presença de um decorador dentro da loja pode ser um diferencial competitivo, caso o estabelecimento ofereça artigos para casa e design de interiores.

Muitas empresas investem no treinamento de seu pessoal. Cursos, palestras e workshops são constantemente financiados, parcialmente ou totalmente, por empresas, a fim de impulsionarem seus funcionários a participarem desses eventos.

Além disso, outras medidas de motivação podem ser criadas para desenvolver o capital humano da empresa – como prêmios para os melhores vendedores, ou até mesmo cursos de aprimoramento para o funcionário do mês, a fim de reconhecer esse profissional dedicado.

A gestão também é parte fundamental dos negócios. Além de controlar a empresa e apurar os resultados, ela também é responsável por influenciar os funcionários a trabalharem de acordo com os interesses da empresa.

Sugestão de composição da equipe de trabalho, que irá variar de acordo com a estrutura do empreendimento:

- Auxiliar para serviços gerais
- Auxiliar administrativo
- Gerente
- Vendedores(as)

Há também alguns prestadores de serviços de que você poderá precisar:

- Advogado
- Contador
- Arquiteto/decorador
- Bombeiro hidráulico
- Designer de embalagens
- Eletricista
- Marceneiro
- Pedreiro
- Pintor

Equipamentos, Produtos e Serviços

Os equipamentos utilizados pelas lojas de artesanato poderão variar entre si, de acordo com a estrutura e o foco de cada loja. Porém, independentemente da visão da empresa, é necessário que o empresário faça uma comparação entre fornecedores antes de adquirir um determinado equipamento, produto ou serviço. Alguns itens a serem observados são o prazo, preço, frete, garantia e condições de entrega.

Produtos para venda

- Artigos de decoração (almofadas, quadros, peso de porta, tapetes, cerâmicas, velas decorativas, etc.)
- Bijuterias e acessórios (brincos, colares, bolsas, cachecóis
- Enfeites natalinos
- Móveis rústicos e acessórios
- Utensílios domésticos (Panos de bandeja e de prato, jogos americanos, toalhas de mesa, suportes, etc.)

Outros:

- Equipamentos para escritório
- Móveis de escritório
- Serviço de Internet Banda Larga
- Software com controle de estoque e outras ferramentas gerenciais

Fonte: SEBRAE/MG

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