Você sabe fazer o planejamento e gestão de estoque? Estoque é a composição de materiais – matéria-prima, materiais em processamento, materiais semi-acabados, materiais acabados – que não é utilizada em determinado momento da empresa, mas que precisa existir em função de futuras necessidades. Um sistema de estoque é o conjunto de políticas e controles que monitora os níveis de estoque e determina quais níveis deveriam ser mantidos, quando o estoque deveria ser reposto e o tamanho dos pedidos.
As principais funções do estoque são: garantir o abastecimento de materiais à empresa, neutralizando os efeitos de demora ou atraso no fornecimento de materiais, sazonalidade no suprimento ou riscos de dificuldade no fornecimento. Também proporciona economias de escala através da compra ou produção em lotes econômicos, pela flexibilidade do processo produtivo ou pela rapidez e eficiência no atendimento às necessidades.
Receba gratuitamente o e-book “6 Passos para Construir uma Empresa de Sucesso”
Vale salientar que para receber todos os bônus GRATUITAMENTE, é necessário acessar seu e-mail e confirmar o cadastro. Veja também na lixeira do e-mail.
Tipos de Custo de Estoque
Ao se tomar qualquer decisão com relação aos estoques, os seguintes custos deveriam ser levados em consideração:
Custos de manuseio e manutenção - Esta categoria é subdivida em dois segmentos: custos de armazenagem, custos de capital e custos de obsolescência ou redução. Os custos de armazenagem incluem o custo da instalação de armazenagem da forma de aluguel ou depreciação, seguro, taxas, utilidades, segurança e pessoal de apoio. Os custos de obsolescência reconhecem que os produtos tendem a depreciar se valor com o passar do tempo. Isso é especialmente verdadeiro para as indústrias de alta tecnologia nas quais produtos mais novos e melhores estão constantemente sendo lançados. Nesta categoria, também incluímos os custos de refugo associados aos produtos que têm vida de prateleira curta, como produtos comestíveis perecíveis. Os custos de redução referem-se a furtos e quebras.
Custos de preparação ou de pedido - Estes são custos fixos normalmente associados à produção interna ou à liberação de um pedido para fabricação externa para um fornecedor. Em outras palavras, estes custos independem da quantidade de unidades que são requisitadas. Os custos de preparação estão associados à quantidade de tempo necessária para justar o equipamento, a fim de desempenhar uma tarefa específica. Isso incluiria o alinhamento de ferramentas especiais como guias e fixadores. Os custos de pedido pertencem aos custos envolvidos ao fazer um pedido a um fornecedor. Estes podem incluir tarifas telefônicas, taxas de entrega, custos de expedição, e o tempo requerido para processa uma ordem de compra.
Custos de escassez (ou falta de estoque) - Quando o estoque de um item é exaurido, e um cliente pede aquele produto, então incorre um custo de escassez. Este custo normalmente é a soma do lucro perdido e de qualquer “má vontade” gerada. Existe uma compensação entre manter um estoque para satisfazer a demanda e os custos resultantes de falta de estoque.
Custos de compra - São os custos diretos do material comprado. Os custos de compra tendem a se manterem constantes, a não ser quando são oferecidos descontos por quantidade.
Regras de Sequenciamento do Estoque
As regras mais empregadas na prática são apresentadas na tabela a seguir:
- PEPS (Primeiro que Entra Primeiro que Sai): Os lotes serão processados de acordo com sua chegada no recurso. É a mais simples, sendo pouco eficiente; é muito empregada quando o cliente está presente.
- MTP (Menor Tempo de Processamento): Os lotes serão processados de acordo com o menor tempo de processamento no recurso. Obtém um índice de lead time médio baixo, reduzindo os estoques em processo, agilizando o carregamento das máquinas à frente e melhorando o nível de atendimento ao cliente; no exemplo foi a regra com o melhor desempenho global, perdendo apenas para a regra de Johnson no que se refere ao lead time; como ponto negativo, a regra MTP faz com que as ordens com tempos de processamento longos sejam sempre preteridas, principalmente se for grande a dinâmica de chegada de novas ordens com tempos menores.
- MDE (Menor Data de Entrega): Os lotes serão processados de acordo com as menores datas de entrega. Como prioriza as datas de entrega dos lotes,faz com que os atrasos se reduzam, o que é conveniente nos processos sob encomenda. Porém, como não leva em consideração o tempo de processamento, pode fazer com que lotes com potencial de conclusão rápido fiquem aguardando.
- IPI (Índice de Prioridade): Os lotes serão processados de acordo com o valor da prioridade atribuída ao cliente ou ao produto. Baseada em atribuirmos um índice de prioridade para cada ordem, esta regra teve o pior desempenho entre as sete regras testadas quanto ao atraso e tempo de espera médio. Seu uso é mais conveniente apenas como critério de desempate para outra regra.
- ICR (Índice Crítico): Os lotes serão processados de acordo com o menor valor de: (data de entrega – data atual) / tempo de processamento.
- IFO (Índice de Folga): Os lotes serão processados de acordo com o menor valor de: (data de entrega - tempo de processamento restante) / número de operações restante.
- IFA (Índice de Falta): Os lotes serão processados de acordo com o menor valor de: Quantidade em estoque / taxa de demanda.
Planejamento de Estoque
Como em muitos casos, manter os estoques em grande quantidade significa capital parado e em quantidade pequena podem ocorrer riscos de falta de materiais. A empresa precisa conhecer seus estoques e obter dados e informações de extrema importância sobre os mesmos. Uma das principais ferramentas para um bom planejamento e controle dos estoques é o Sistema ABC.
A curva ABC permite identificar aqueles itens que justificam atenção e tratamento adequados quanto à sua administração. Obtém-se a curva ABC através da ordenação dos itens conforme a sua importância relativa. Com ela, pode-se definir políticas de vendas, estabelecer prioridades para a programação da produção, definição de layout, prioridade de entregas em rotas, definição de políticas de vendas, inventários de valor e soluções de uma série de outros problemas usuais na empresa.
Ao aplicar o método ABC em seus itens de estoque a empresa dá um grande passo na racionalização de seus métodos de controle e classificação de materiais, trazendo grande mobilidade nas tomadas de decisão em relação aos investimentos feitos em estoque. Este método também permite que a empresa dê tratamento diferenciado a itens ou grupos de materiais cuja importância destes para a empresa, seja financeira, ou técnica possa ser considerada na tomada de decisão do nível de estoque, freqüência de compra ou rotatividade anual, mensal ou semanal do material, dando inclusive, a possibilidade á controles diferenciados, o que pode representar grande economia aos sistemas.
A adoção deste método requer que a empresa tenha sistemas de compras agilizados e normatizados em consonância com a simplificação e agilidade dos meios de planejamento, com tomadas de decisões rápidas. Após os itens terem sido ordenados pela importância relativa, as classes da curva ABC podem ser definidas das seguintes maneiras:
- Classe A: Grupo de itens mais importante que devem ser trabalhados com uma atenção especial pela administração.
- Classe B: Grupo intermediário.
- Classe C: Grupo de itens menos importantes em termos de movimentação,no entanto, requerem atenção pelo fato de gerarem custo de manter estoque.
O objetivo da classificação de itens em grupos é estabelecer o grau apropriado de controle para cada item. Numa base periódica, por exemplo, os itens Classe A podem ser mais nitidamente controlados com pedidos semanais, os itens B podem ser pedidos quinzenalmente, e os itens C podem ser pedidos mensalmente ou bimestralmente. Note que o custo unitário dos itens não está relacionado à sua classificação. Um item A pode ter um alto volume de dinheiro através de uma combinação de baixo custo e alto volume ou alto custo e baixo volume. De modo semelhante, os itens C podem ter um baixo volume de dinheiro devido à baixa demanda ou ao baixo custo.
Para a Gestão de Estoques, é ideal avaliar:
- Giro de estoque: a quantidade de vezes que o estoque se renova num determinado espaço de tempo.
- Tempo de cobertura: período de tempo que o estoque médio calculado será suficiente para atender à demanda, conforme giro do estoque.
- Custo médio: custo de manter o estoque na empresa.
- Análise ABC: avaliação do comportamento dos itens classificados em ABC, conforme giro do estoque.
- Lote econômico de compra: avaliar o lote considerado econômico para a compra, conforme consumo projetado.
Baixe uma Planilha Fluxo de Caixa Completa (sem qualquer bloqueio de fórmula)
Vale salientar que para receber todos os bônus GRATUITAMENTE, é necessário acessar seu e-mail e confirmar o cadastro. Veja também na lixeira do e-mail.
Coloque seu e-mail na área onde tem "Conteúdo Gratuito" para receber e-books, dicas e atualizações do Blog Consultoria a Distância. Comente também abaixo. Divulgue pelo Facebook e assine o canal do Youtube.